Conexão Brasil                                                             junho de 2005
 

 

Notícias de Puna


Mensalmente, o Osho Conexão Brasil apresenta aos seus leitores notícias diretamente de Puna, Índia. Esta coluna é de responsabilidade do Sw. Prasado, brasileiro, há alguns anos residente em Puna, na Osho Commune International, onde cuida da tradução para o português do site oficial do Osho:   www.osho.com .

 


Sw. Prasado

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Olá amigos,  
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            Nesta segunda quinzena de maio uma onda de calor paira sobre Puna  atingindo os 41º na parte da tarde. Muitos fogem para o Norte da Índia, para a região montanhosa dos Himalaia indianos onde o clima é mais ameno nessa época do ano.  
            Os saniasins que ficam na cidade, em sua grande maioria indianos, buscam alívio do calor na piscina do resorte apesar da temperatura da água permanecer morna o dia inteiro.  

.           Na realidade, o clima quente não é o único fator para a debandada geral dos visitantes do resorte pois mesmo depois da onda de calor, o lugar permanece quase vazio até o mês de setembro quando os saniasins e visitantes começam a retornar de seus lugares onde residem para Puna.  
            A necessidade de trabalhar, de ‘fazer dinheiro’ é o fator preponderante que obriga a maioria dos saniasins de Osho a deixar a cidade e retomar suas atividades temporárias para refazer o ‘caixa’ e regressar logo que possível.  
           
É muito difícil trabalhar, ganhar dinheiro na Índia, principalmente para os estrangeiros com vistos de turista no passaporte. Seria ilegal. Mesmo que não fosse ilegal, a remuneração do trabalho formal na Índia é irrisória. O salário mínimo ronda os 40 dólares por mês.  
           
Para o estrangeiro viver na Índia há somente duas alternativas: primeiro é necessário ter uma renda no seu país de origem. Renda de aposentaria, pensão ou de aluguel, por exemplo.
            Outra alternativa é adquirir mercadorias aqui e enviar para revenda no estrangeiro.  
           
Alguns brasileiros estão se tornando peritos na arte de comprar jóias, roupas e outros produtos indianos. Mas o negócio, apesar de lucrativo, tem seus riscos. Você vai depender dos correios para enviar a mercadoria para o exterior e, se o negócio não for legalizado, pode ocorrer problemas.  
           
No período da alta estação dos meses de novembro a fevereiro, quando o resorte fica lotado de visitantes, surgem outras opções de atividade remunerada em Puna.  
           
Aqueles que possuem habilidades para massagem conseguem facilmente custear sua estadia aqui seja dando sessões de massagem ou curso/treino aos interessados.  
           
Outra atividade lucrativa na alta estação é a leitura das cartas do Tarô e coisas afins.  

            Estou estendendo-me sobre esse assunto devido a que tenho recebido recentemente mensagens de brasileiros que sonham vir para a Índia conhecer o lugar onde Osho viveu em Puna. A principal preocupação deles é sempre relativa aos custos de estadia e quanto aos preços para freqüentar o resorte. Em vista disso decidi atualizar informações já publicadas em edição anterior deste boletim.  
            Então vamos fofocar um pouco para ver como os brasileiros se 'viram' em Puna que é um centro industrial com uma região metropolitana de quase quatro milhões de habitantes no estado de Maharastra.
           
Milhares de brasileiros, desde quando o místico indiano Osho iniciou seu trabalho com o florescimento da comuna nos anos 70, passaram por aqui. Alguns por poucos dias, outros por vários meses e uns poucos passaram a residir dentro ou nos arredores da comuna (hoje resorte).  
           
Quase todos tornaram-se sannyasins (discípulos de Osho), alguns tornaram-se terapeutas formados pela escola da comuna (Multiversidade) e agora promovem trabalhos com grupos tanto no próprio resorte, como no Brasil e, em vários outros países.
           
Outros especializaram-se na medicina e na massagem Ayurveda (Puna tem excelentes mestres nessa área), tornaram-se bons profissionais e introduziram esta antiga ciência indiana no Brasil. Outros optaram por estudar e praticar a ciência da Yoga. Aqui na Índia são muitos os institutos de Yoga que oferecem cursos e treinamentos a preços acessíveis.
           
Mas também há brasileiros que se tornaram tarólogos, astrólogos, pintores, escultores, músicos. Ainda há os que viraram negociantes temporários e viajaram pela Índia adquirindo jóias, pedras semi-preciosas, bijuterias e roupas da rica indumentária indiana simplesmente para revender no Brasil e assim obter bons lucros para cobrir as despesas que tiveram com toda a viagem.
           
Os brasileiros mais dedicados, que mergulharam fundo na meditação em busca de si mesmos, abriram e dirigem Centros de Osho no Brasil, introduzindo no país a idéia de que meditação, vida espiritual e felicidade não são coisas separadas.
           
Para você que acha que nunca terá condições de viajar até a Índia e conhecer o único resorte de meditação do mundo, vamos abordar coisas práticas, como por exemplo:
           
As despesas com hospedagem dos que pretendem passar uma temporada de vários meses no Koregaon Park que é o bairro que cresceu ao redor da comuna de Osho em Puna, gira em torno de 50 a 150 dólares mensais o quarto mobiliado com ou sem banheiro.
           
Alimentação fica em torno de 100 dólares por mês. (Se você conseguir um quarto num apartamento com cozinha, adquirir os ingredientes e preparar suas refeições, esse valor pode cair pela metade).
           
Mas o que mais pesa no bolso dos brasileiros é o ingresso diário (sticker) para entrar na comuna, hoje custa cerca de 8 dólares (330 Rúpias indianas). Esse ingresso lhe dá direito a participar de todas as meditações diárias que acontecem no Osho Auditório desde as 6 h da manhã com a Meditação Dinâmica até as 21 h com o final da cerimônia do encontro noturno de meditação do Robe Branco. Depois disso, sempre tem alguma festa dançante no resorte até a meia noite. O ingresso também lhe proporciona acesso gratuito à área da piscina e à prática de vários esportes como tênis, basquete, volley ball e outros. Também sessões diárias de Yoga, Tai Chi / Chi Kung e de danças pela manhã e a tarde na área do antigo Buddha Hall.

 

                                        Trabalho como Meditação

            Contudo, se você estiver disposto a trabalhar seis horas por dia no resorte, você não vai receber salário, nem alimentação, pois o trabalho na comuna é voluntário e, é tido não como trabalho, mas como parte da meditação (work as meditation).
           
Você como um trabalhador (worker) tem a sua entrada diária na comuna franqueada e outras vantagens como: participar das meditações diárias no samadhi, participar de grupos de terapias como helper (ajudante) ou como translator (tradutor) sem ter que pagar nada.
           
Para ser aceito como worker você não precisa de experiência anterior ou de qualquer talento especial. Sempre existem vagas para a portaria, serviços de jardinagem, de manutenção e limpeza. Claro que se você tiver conhecimento de algo específico como por exemplo, computadores, medicina, eletricidade, etc... você poderá conseguir outros benefícios mais.
           
 Existe também um programa residencial para os trabalhadores no qual é fornecido um quarto completo por até seis meses na área residencial dentro do  próprio resorte. Isso pode ser conseguido antes mesmo da sua chegada aqui em Puna, preenchendo um formulário no site osho.com na internet, solicitando sua admissão.
           
Agora na baixa estação que vai de Abril a Agosto o número de vagas no programa residencial é, obviamente, bem maior do que na alta estação de Novembro a Março quando triplica o número de visitantes.

                                              Puna, 29 de Maio de 2005

                                                             Swami Prasado

                                                     swamiprasado@yahoo.com

 

 

 

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