Conexão Brasil                                                             julho de 2005
 

 

Notícias de Puna


Mensalmente, o Osho Conexão Brasil apresenta aos seus leitores notícias diretamente de Puna, Índia. Esta coluna é de responsabilidade do Sw. Prasado, brasileiro, há alguns anos residente em Puna, na Osho Commune International, onde cuida da tradução para o português do site oficial do Osho:   www.osho.com .

 


Sw. Prasado

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Olá amigos,  
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           As chuvas de monções já começaram a cair nesse final de junho aqui em Puna.
         
O Resorte de Osho está parcialmente coberto para proteger da chuva os visitantes e também seus caminhos de mármore.
         
Como acontece todos os anos vamos ter novamente de 6 a 12 de julho próximo o Monsoon Festival (Festival das Monções) no Resorte Internacional de Osho quando o lugar recebe centenas de indianos de 

todas as regiões do país. O festival consiste em muitas apresentações de músicas, danças, shows de variedades, as meditações do Livro dos Segredos, de Osho, entre outros eventos.
         
Falando em festival de música, o tema escolhido para o boletim deste mês é a dança.
         
E ninguém melhor do que Osho para explicar o que realmente significa dançar:
         
“Pelo que sei, dançar e rir são as portas mais naturais e facilmente abordáveis. Quando você está realmente dançando, o pensar pára. Você vai e vai, você gira e gira e se torna um remoinho: todas as fronteiras, todas as divisões desaparecem. Você nem ao menos sabe onde seu corpo termina e onde a existência começa. Você se dissolve na existência e a existência se dissolve em você; há uma sobre-camada de fronteiras. E se você estiver realmente dançando, não administrando a dança, mas permitindo ela lhe administrar, permitindo-a lhe possuir; se você estiver possuído pela dança, o pensamento cessa. Chega o momento quando o dançarino desaparece e permanece somente a dança. Nesse espaço raro a pessoa sente harmonia."
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Enquanto você estiver aqui (no Resorte de Meditação), dance, cante, e participe de alguns grupos; estes serão de muita ajuda. Se as pessoas puderem dançar um pouco mais, cantar um pouco mais, serem um pouquinho mais malucas, a energia delas estará fluindo mais, e os problemas delas irão, aos poucos, desaparecer. Por isso insisto tanto na dança. Dance até o orgasmo; deixe que toda energia se torne uma dança, e subitamente você verá que não possui nenhuma cabeça. A energia presa na cabeça vai movendo-se ao redor, criando lindos padrões, pinturas, movimentos. E quando você dança, chega o momento que seu corpo não é mais uma coisa rígida, torna-se flexível, fluindo. Quando você dança chega o momento que sua fronteira não parece mais tão clara; você funde-se e dissolve-se no cosmos. Dai minha insistência na música e na dança, pois somente na dança você irá sentir que seu corpo, sua mente e você estão funcionando juntos. E a alegria é infinita quando tudo funciona junto, a riqueza é grande. Aprenda a dissolver seu corpo, mente e alma. Encontre meios nos quais você possa funcionar como uma unidade."
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Bertrand Russel disse em seus últimos dias que a civilização roubou do homem algumas coisas preciosas, e a dança é uma delas. Ele disse que não podia pensar em ficar no meio da avenida Trafalgar dançando, embora declaremos que somos um povo livre e que temos mais liberdade do que nossos ancestrais tiveram. Ele também observou que por um lado é anunciado aos quatro ventos que o mundo entrou em sua era de liberalização e de liberdade e, por outro lado, que ele não era livre para dançar no mercado, e se ele fizesse isso, a polícia do trânsito imediatamente o prenderia sob a acusação de obstruir o tráfego! Além disso, ele seria tido como um caso mental! Bertrand Russel também lembrou que sempre quando ele visitava tribos primitivas dançando à vontade sob o céu estrelado ele dolorosamente se dava conta de que o homem civilizado havia perdido muita coisa valiosa. 
                                                                                 Osho, trechos de vários discursos

Agora vamos conhecer um pouco da Chetna, uma indiana de pequena estatura que pode ser encontrada onde quer que a dança esteja acontecendo aqui no resorte. Quem já esteve aqui sabe de quem estou falando. Aquela que na cerimônia do robe branco é sempre a primeira a levantar e sair dançando feito um beija-flor. Ela está sempre dançando, mesmo no silêncio, quando não se ouve nenhuma música, ela pode ser vista girando e dançando pela alamedas do resorte. Ela lembra uma borboleta, flutuando, sempre cheia de flores e cores nas mãos e nos cabelos.

Ela me respondeu algumas perguntas:

Chetna, quando e como você soube do Osho?

R - Eu estava buscando um mestre verdadeiro, esse desejo, este anelo freqüentemente me levava as portas de várias livrarias. Cerca de 10 anos atrás, no pico da minha vontade de ler e de aprender sobre todos os místicos e, na esperança de finalmente descobrir meu verdadeiro guia, aconteceu casualmente encontrar o livro baseado nas canções de amor do Kabir. Este livro tinha um alegre retrato na capa, um retrato de alguém com um sorriso muito sereno, tranqüilo e cativante. Este alguém era Osho. Lá pela metade do livro me dei conta que havia encontrado algo especial. Quando terminei de ler, minha metamorfose

havia começado, algo da alegria e do êxtase começou a borbulhar em mim. Era alguma coisa nova, algo que eu nunca havia experienciado antes.

P - Osho afirma em seus discursos que quando você está totalmente na dança, você pode desaparecer nela. Isso acontece com você?

R - Sim. Eu não danço, fico preenchida de uma energia para dançar e para deixar meu corpo balançar com a música. Eu não estou mais ali, somente a dança permanece. Me torno uma com as árvores, com as flores e com todas as pessoas ao redor. Não há nenhuma separação, e a dança acontece.

P - Dançar é seu caminho, é a sua meditação. Sem a música e a dança, o que seria esse lugar para você?

R - Sim, dançar é meu caminho e minha meditação. A dança acontece comigo, ela não é um esforço consciente. A dança surgiu em mim quando encontrei Osho, como um arco-íris depois da chuva. O próprio ar desse lugar está pleno de música e de dança, sem isso este maravilhoso lugar seria como uma borboleta sem suas cores vibrantes, seria como um pássaro sem a vontade de voar.

                                                            Puna, 27 de Junho de 2005

                                                                     Swami Prasado

                                                                 swamiprasado@yahoo.com

 

 

 

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