OSHO CONEXÃO BRASIL                                                         junho de 2004    


Sannyas: uma experiência do dia-a-dia

 

Todos os meses estamos apresentando nesta seção o depoimento de um discípulo do Osho que adotou a meditação em seu dia-a-dia e aqui compartilha conosco essa sua experiência. Neste mês estamos apresentando o depoimento da Ma Sambodhi. 

Sambodhi coordena, juntamente com o Navjivan, o Centro de Meditação, em Vila do Oitenta,  Recife-PE. Sannyasin desde 1983, Sambodhi morou em várias comunidades do Osho: Berlim-Alemanha (1 ano e meio), Miasto-Itália (10 meses) e Puna-Índia (3 anos). Participou de 4 festivais de verão em Rajneeshpuram-EUA. Nessas comunidades, teve várias experiências  de trabalho: limpeza geral, cozinha, lavanderia, vigilância, restaurantes, discotecas, construção, tradução, almoxarifado, auxiliar em grupos terapêuticos, coordenação (Central de Tradutores e Almoxarifado da Escola de Misticismo). Antes do sannyas, Sambodhi trabalhava como professora (ensino médio e universitário), secretária, vendedora, psicóloga clínica e industrial.

 


                   

Osho surgiu na minha vida através de um namorado, que me deu um livro dele de presente: “Tantra, a Suprema Compreensão”. Aquele livro me marcou profundamente: ao lê-lo, os sentimentos borbulhavam dentro de mim – “É isto! Tudo o que sonhei, desejei - Existe! É possível”.  Lembro-me que sublinhei o livro quase todo, pois cada linha era absolutamente importante. Estava fascinada!

A vida estava boa: tinha um bom emprego, um apartamento próprio, um amante maravilhoso e muitos amigos.  Abria-se então, uma nova dimensão: a da liberdade interior.  A liberdade, um valor máximo para mim, adquiria agora um novo aspecto. Levei algum tempo, porém para pedir sannyas. Conheci alguns sannyasins, meditei com eles, participei de alguns grupos terapêuticos e fui aos EUA conhecer Osho. Era inacreditável ver e sentir  milhares de pessoas, de todos os cantos do mundo, vestidas em tons de vermelho, reunidas em torno Dele – uma energia totalmente desconhecida para mim. Ele parecia flutuar em vez de andar!  Mas a mente resistia a se render. De volta ao Brasil,  ao pedir sannyas, solicitei conservar parte do meu nome, pois temia as reações no hospital onde trabalhava como psicóloga. A mente sempre teme algo – as reações foram as melhores possíveis!  Recebi o nome de Sambodhi, que significa Iluminação – ah, o apego! Apego a nome, casa, lugar de nascimento... 

Ser discípulo para mim, é um processo; a gente vai se tornando discípulo. Esse processo se torna sinônimo de vida – o caminho é desconhecido, a gente o faz ao viver.  Há retas floridas, desvios longos e sombrios, e muitas, muitas surpresas!  Sinto-me recebendo sannyas muitas vezes ao longo desses anos.  Atenção é a palavra –chave : estar atenta,  alerta .

Com Osho e a meditação, vivi grandes aventuras, viajei, morei e trabalhei com pessoas de diferentes países. Sem Osho  acho que minha vida teria sido muito árida – com Ele, vivendo em suas comunidades, descobri meu lado feminino, de receber, de permitir o fluxo natural das coisas, de dizer sim.  Descobri que  temos muito mais energia do que supomos ter e que o trabalho, qualquer trabalho, pode ser a expressão de nosso amor e alegria interior.  Descobri também que somos um com os demais e com a Existência, que sofremos e ficamos doentes quando acreditamos que estamos sós no mundo.

A “lição” mais complicada para mim ainda é estar no mundo sem permitir que o mundo esteja em mim, ou seja, permanecer centrada no meio do caos.

Agradeço à Existência que, de diferentes maneiras, tem me dado tantos presentes. Hoje, por exemplo: preparar o ambiente, receber os amigos e meditar com eles no Centro de Meditação é uma grande alegria!

                                                                                                       Sambodhi

                             

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